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Comissão discute a situação dos animais de grande porte soltos nas ruas

Problema já causou diversos acidentes em vias da cidade, alguns fatais
Comissão discute a situação dos animais de grande porte soltos nas ruas

A Comissão Permanente dos Direitos dos Animais se reuniu, em formato híbrido, no plenário da câmara municipal na tarde desta sexta-feira.

Com o comando do vice-presidente da comissão, vereador Marcos Papa, a discussão foi em torno da situação dos animais de grande porte soltos em vias pública, um problema que já causou acidentes e mortes em  Ribeirão Preto.

Durante  a abertura dos trabalhos, o vereador Marcos Papa ressaltou a incapacidade do executivo municipal em resolver a questão e apontou a irresponsabilidade dos donos desses animais como a principal raiz do problema.

Depois da fala inicial do vice-presidente e demais autoridades sobre o tema, um vídeo de apresentação foi veiculado mostrando imagens desses animais transitando pelas ruas e dos acidentes por eles  causados.

Na sequência, o vereador Marcos Papa, iniciou uma série de perguntas para o proprietário da empresa contratada pela prefeitura para a retirada desses animais das vias públicas, Israel Alexander Pressotto. Questionado  sobre a captura de animais, Israel disse que o procedimento é a retirada do animal da rua para um curral em Jardinópolis onde são realizados exames, depois de 60 dias vão para Borborema  por conta do pasto em Jardinópolis não suportar um grande número de animais, até o momento em que o animal é doado.

Sobre as chamadas, de acordo com Israel, a maior parte é oriunda do poder público, porém, após um acidente de grande repercussão envolvendo um cavalo, a comunicação com a empresa melhorou já que a polícia tomou ciência do contato da empresa e  a quem comunicar.

O vereador Marcos  Papa sugeriu que o número do 0800 deste serviço estivesse impresso em boletos de impostos municipais, para melhor divulgação do trabalho.

Na sequência, o vice-presidente Marcos Papa questionou a Wesley Oliveira, funcionário da empresa,  sobre os bairros com o maior número de ocorrências, Wesley citou, entre outros, Jd. Portinari, Ribeirão Verde, Jardim itaú, Jd. Palmares e  Branca Salles.

Sobre os cuidados necessários, Israel salientou que todo animal debilitado recolhido é tratado com medicamentos e conta com a supervisão das veterinárias de plantão.

Wesley completou dizendo que se o animal não apresentar uma condição de se curar, ele é avaliado pelas veterinárias e se constatado a incapacidade de se reestabelecer, o animal sofre eutanásia.

No site da empresa consta  40 animais recolhidos pela empresa. Segundo Israel, o site está desatualizado, alguns já foram devolvidos, segundo ele em torno de 20 já estão com seus donos.

Liliane Terra, representante da Secretaria do Meio Ambiente, reforçou o interesse na melhoria do serviço. Com esse objetivo, foi realizada uma reunião envolvendo a secretaria, a Polícia Militar, Bombeiros e outras entidades, com objetivo de centralizar os chamados das regiões mais problemáticas no COPOM. Para ela, esse caminho pode facilitar a comunicação por parte do munícipe e assim evitar maiores transtornos.

Questionada se a empresa apresenta relatórios mensais para a secretaria, Liliane confirmou que a empresa emite um relatório com o número de animais recolhidos e um outro relatório sanitário das análises feitas, respeitando os protocolos exigidos pelo governo estadual.

O vereador França, membro da comissão, citou exemplos da má execução do serviço e reforçou a reclamação mais elencada pelos participantes da reunião:  A falta de uma comunicação com o munícipe, que desconhece os procedimentos e não está  a par do serviço ou a quem recorrer.

O vice-presidente Marcos Papa agradeceu a participação de todos os envolvidos no debate e encerrou a reunião.

Texto: Paulo Bahia (MTB 52189)

Fotos: Allan S. Ribeiro (MTB 0081231/SP)